O Brasil ainda está em choque com a tragédia que ocorreu ontem, na cidade de Saudades, no oeste do nosso estado, Santa Catarina. Um jovem com idade de 18 anos, identificado como Fabiano Kipper Mai, entrou em uma creche e desferiu golpes com uma arma branca em funcionários e crianças que estavam no local.
Durante o ataque três crianças e uma professora morrem no local, posteriormente, mais uma mulher que trabalhava na escola foi a óbito enquanto estava sendo socorrida. Todas as crianças tinham menos de dois anos de idade. Ainda há uma quarta criança que sofreu ferimentos e esta internada em um hospital de Chapecó.
O Ataque
Segundo informações preliminares do delegado de Pinhalzinho, Jeronimo Marçal Ferreira, responsável pelo caso, o agressor chegou de bicicleta na escola por volta das 10h, portando o que inicialmente parecia ser uma faca grande.
Mais tarde, porém, a Polícia Civil confirmou que a arma utilizada no crime se tratava uma Katana, tradicional espada japonesa usada pelos samurais, popularmente conhecida como “espada ninja”.
O jovem invadiu a escola e desferiu golpes contra quatro crianças que estavam em uma sala de aula, a professora e a agente educativa.
As demais crianças e funcionários da escola conseguiram se trancar dentro das salas de aula. Vizinhos da creche ouviram os gritos de socorro e foram até o local.
Após cometer a chacina, Fabiano tentou contra a própria vida. Segundo a equipe do corpo de bombeiros que estava conduzindo o autor do atentado ao hospital, dentro da Ambulância ele comentou “Matei cinco, né?”. Ele foi atendido e transferido em estado grave para o HRO (Hospital Regional do Oeste), em Chapecó.
O Assassino e um alerta aos pais
Segundo o delegado do caso, ainda é cedo para identificar o verdadeiro motivo do crime, a polícia está investigando diversas possibilidades, mas, uma delas relatada pela família é que Fabiano sofria bullying.
Fabiano estava no ensino médio, e trabalha em uma empresa do ramo têxtil da cidade de Saudades. Segundo parentes próximos, ele sempre foi introspectivo, quieto, e não tinha muitos amigos. Gostava de ficar trancado no quarto mexendo no computador e não saia muito de casa.
Na casa de Fabiano, a polícia encontrou cerca de 11 mil reais, guardados pelo assassino, segundo familiares o dinheiro era do salário que ele recebia no emprego.
Ainda, segundo a família, as armas usadas para o crime chegaram alguns dias antes do atentado. A família comentou que Fabiano tinha o hábito de maltratar os animais da casa e que segundo Fabiano as armas seriam usadas para este fim.
A família comentou que achava “normais” as atitudes do jovem, dentro do perfil que ele sempre demonstrou, mas não imaginavam que ele faria um crime como este.
O delegado do caso espera conseguir interrogar Fabiano para ajudar a elucidar o caso. Fabiano está internado em estado grave.