Chuvas irregulares e abaixo do esperado no mês de dezembro configuram uma piora das condições de estiagem, com um aumento no número de municípios em condições crítica, de alerta e de atenção em relação ao abastecimento nos municípios, principalmente nas regiões Oeste e Extremo Oeste, os que mais estão sofrendo impacto dessas condições meteorológicas. Os dados são do Boletim Hidrometeorológico Integrado n°33.
A chuva ficou abaixo da média na maior parte de Santa Catarina no final de 2021, com valores entre 120mm e 200mm abaixo do normal entre o Oeste, Planaltos e Alto Vale do Itajaí. Nestas regiões, os volumes esperados variam entre 90mm e 210mm. Já entre parte do Litoral Sul, Grande Florianópolis, Baixo e Médio Vale do Itajaí, a chuva ficou entre 40mm e 120mm abaixo do esperado.
Sobre a situação do abastecimento urbano no estado, dentre os 295 municípios de Santa Catarina, 247 atualizaram a situação junto às agências reguladoras. Desses, 150 estão em estado de normalidade, 71 em atenção, 17 em alerta e nove em estado crítico frente à estiagem. Comparado ao boletim anterior, esses dados representam uma oscilação, pois 39 municípios saíram da condição de normalidade, 22 foram para situação de atenção, mais 11 para alerta e mais seis municípios entraram em estado crítico.
No segundo período de janeiro, entre os dias 14 e 21 de janeiro, é possível observar uma tendência de mudança no padrão das chuvas pelo Brasil. Em Santa Catarina a chuva volta a ser mais frequente e os acumulados devem ocorrer de forma mais homogênea no estado, com valores entre 40mm e 90mm.
A previsão para o trimestre entre os meses de janeiro e março de 2022 é de que o fenômeno La Niña siga em curso. Por isso a tendência é de que a chuva mais frequente siga restrita ao centro-leste catarinense, onde seus valores devem ficar dentro a acima do normal (sobretudo entre o litoral, Baixo e Médio Vale do Itajaí), por conta da maior disponibilidade de umidade e atuação da circulação marítima. Já entre os Planaltos e Meio Oeste a tendência é de chuva dentro a abaixo do normal, enquanto no Extremo Oeste catarinense a chuva deve ficar abaixo do esperado para o trimestre.
Com informações: Assessoria de Comunicação
Agência de Regulação de Serviços Públicos de Santa Catarina (Aresc)